Você sabia que a Universidade Estadual do Paraná (Unespar), campus de Paranavaí, tem um projeto que mostra a importância e orienta quanto ao uso de Plantas Alimentícias Não Convencionais (PANC), direcionado para a comunidade da região noroeste do Paraná?

Se trata do projeto “Disseminação da Utilização de Plantas Alimentícias Não Convencionais para a Região Noroeste do Paraná”, do curso de Ciências Biológicas, que foi criado a partir dos resultados de um questionário que avaliava o quanto esse tipo de planta era conhecido e consumido.

Os questionários foram aplicados durante a realização de um seminário sobre plantas alimentícias não convencionais na Unespar, campus de Paranavaí, em dezembro de 2022.

Os resultados demonstraram que houve redução no consumo de plantas alimentícias não convencionais. Também apontaram que as plantas mais utilizadas foram ora-pro-nóbis com 12,5% das respostas, serralha, com 5%, almeirão roxo, peixinho da horta e taioba, com 3,1% das respostas. Entre dados de consumo, 28,8% das pessoas afirmaram já ter consumido alguma PANC. Em contrapartida, 71,2% das pessoas disseram nunca ter consumido e não conhecer nenhuma PANC. “Estes resultados mostram que é importante o resgate da utilização de PANC”, afirma a docente Franciele Zanardo Bohm, responsável pela orientação do projeto, juntamente com a acadêmica do curso Beatriz Wolf Farias. Franciele também é coordenadora do curso de Ciências Biológicas, do campus de Paranavaí.

A docente esclarece que as plantas alimentícias não convencionais “consistem em vegetais ou partes de vegetais cujo consumo não é comum para uma determinada região e, geralmente, recebem a denominação de plantas daninhas, invasoras ou matos. O Brasil é rico em biodiversidade vegetal, mas apenas uma baixa porcentagem das plantas são consumidas na alimentação humana”, garante.

Para alcançar o objetivo do projeto, que é abordar a importância e utilização das plantas alimentícias não convencionais, são realizadas oficinas direcionadas para a comunidade, conforme demanda. As oficinas já foram realizadas no Instituto Federal do Paraná (IFPR), em Paranavaí, e no Colégio Estadual Cívico-Militar Presidente Afonso Camargo, em Loanda.

Para complementar a disseminação do uso das plantas, a estudante Beatriz elaborou um material digital em forma de livreto que é distribuído aos participantes das oficinas. A próxima etapa, segundo Franciele, será organizar um curso de extensão aberto à comunidade, com o objetivo de oferecer atividades teóricas e práticas sobre utilização, cultivo e produção de mudas de plantas medicinais e plantas alimentícias não convencionais.

O projeto faz parte do Programa Institucional de Apoio à Inclusão Social, Pesquisa e Extensão Universitária (PIBIS).

Interessados podem fazer contato com a coordenação do curso de Ciências Biológicas no (44) 9115-3259 ou pelo e-mail franciele.bohm@ies.unespar.edu.br.