Em Paranavaí, uma presença se destaca na luta pela igualdade de gênero e na defesa dos direitos das mulheres. Isabela Candeloro Campoi, professora do curso de História da Unespar, se dedica à causa há muitos anos, tendo ocupado, inclusive, a presidência do Conselho Municipal dos Direitos das Mulheres, onde hoje integra a diretoria.

Como professora de História, Isabela sempre teve interesse nas questões de gênero e nas relações históricas de opressão enfrentadas pelas mulheres. Esse interesse a levou a buscar formas de contribuir para mudanças significativas na sociedade e a se envolver no debate de políticas públicas para as mulheres.

Um dos principais desafios enfrentados pelas mulheres em Paranavaí, segundo a professora, é a violência em suas diversas formas. Para ela, é preciso enfrentar esse problema, propondo políticas públicas e programas que promovam a independência financeira e a segurança das mulheres na cidade.

Segundo Isabela, o Conselho Municipal dos Direitos das Mulheres acaba sendo um espaço fundamental na promoção da igualdade de gênero e na defesa dos direitos das mulheres em Paranavaí. Desde sua criação em 2016, o órgão tem sido um motor de mudança, propondo ações e atividades que promovem o debate e impulsionam a agenda feminina na cidade.

Entre as iniciativas implementadas pelo Conselho ao longo dos anos, destacam-se a criação da rede de proteção às mulheres vítimas de violência, a reivindicação pela delegacia da mulher e a Patrulha Maria da Penha. Essas ações têm sido fundamentais na proteção e no apoio às mulheres em situações de vulnerabilidade.

Atualmente, o Conselho enfrenta o desafio de fortalecer suas ações e avançar na promoção dos direitos das mulheres no município. A criação do Plano Municipal de políticas para as mulheres é uma das principais metas futuras, que deverá guiar as ações nos próximos anos.

Isabela destaca a importância da inclusão de mulheres de diferentes origens étnicas, raciais, socioeconômicas e culturais nessa luta por igualdade de direitos. Segundo ela, representantes de diversos segmentos da sociedade, é possível abordar as questões de forma abrangente e inclusiva.

Ao longo dos anos, a conscientização pública sobre os direitos das mulheres tem evoluído, mas ainda há muito a ser feito. Isabela reconhece a importância dos movimentos feministas e das conquistas legislativas, mas destaca a necessidade de colocar em prática essas leis e promover uma verdadeira mudança na cultura e na mentalidade da sociedade.

Fonte: CARVALHO, M. “Sou uma mulher otimista”, diz professora em relação à luta pela igualdade de gênero. Disponível em: <https://diariodonoroeste.com.br/sou-uma-mulher-otimista-diz-professora-em-relacao-a-luta-pela-igualdade-de-genero/>. Acesso em: 8 mar. 2024.